Prosseguindo com o tema do último post, onde analisamos os quatro grandes motivos não conflitantes entre si para as civilizações extraterrestres não nos contatarem até agora, exploremos agora um pouco mais a terceira explicação do tema anterior: as diferenças evolutivas entre as civilizações.
Em 1961, a famosa equação do astrofísico Frank Drake estimou a existência de 2,31 civilizações inteligentes em nossa galáxia.
Porém, essas estimativas foram baseadas nos dados astronômicos daquela época, quando o homem mal havia lançado alguns poucos satélites de recursos limitadíssimos no espaço, os telescópios eram de baixíssima resolução e a capacidade de processamento de dados era muito menor do que a do celular mais básico de hoje. Não se sabia, sequer, da existência de planetas orbitando outras estrelas e a ideia da quantidade de estrelas, até mesmo em nossa galáxia, era muito pálida.
Hoje, com a infinidade de descobertas astronômicas, recursos computacionais, satélites e observatórios sofisticados tanto na Terra e no espaço, estamos plenos de ótimas notícias.
Um estudo recente da National Geografic estimou haver "mais de 300 milhões de planetas com condições semelhantes às da Terra" somente em nossa galáxia, isso sem mencionarmos a possibilidade de haver vidas em ambientes e formas totalmente desconhecidas para nós, que só temos a nossa minúscula Terra como amostra.
O mínimo que podemos concluir, com os dados atuais, é que ambientes como os da nossa Terra são comuns e bastante numerosos em nosso Universo de 2 trilhões de galáxias e contando, cada galáxia com centenas de bilhões senão trilhões de estrelas, e ainda com a esmagadora maioria delas com planetas!
Assim, assumiremos em nosso estudo o infinitamente mais provável, ou seja, a existência de um número expressivo de civilizações, a grande maioria mais avançadas do que a nossa neste Universo com mais de 13,5 bilhões de anos, muitas delas numa distância evolutiva de dezenas, centenas ou alguns milhões de anos à nossa frente.
Mas não haveria também civilizações com centenas de milhões ou mesmo bilhões de anos à frente da nossa? Evidentemente sim, porém, se apenas 300 milhões de anos atrás, só havia na Terra plantas, crustáceos, peixes e os primeiros répteis, o que imaginar de uma civilização por exemplo 300 milhões de anos à nossa frente?
Simplesmente não passaríamos de animais primitivos para eles. Mesmo que houvesse interesse em nos contatar, nós não os poderíamos compreender. Por isso, nós nos ateremos às civilizações dentro do nosso possível alcance intelectual, até no máximo alguns poucos milhões de anos à frente, mesmo assim já seria extremamente difícil um entendimento mínimo. Em todo o caso, mesmo somente dentro desse escopo mais limitado, as possibilidades já são fantásticas!
Essa abordagem, além de lógica, possui a vantagem de alinhar-se com as referências espirituais mais consideradas, principalmente com as obras psicografadas por Chico Xavier, as quais, reiteradas vezes, atestam e mostram particularidades desses seres que povoam o o espaço.
Dessa perspectiva, todo um horizonte de possibilidades se abre
diante de nós para que nos preparemos adequadamente, antes que eles apareçam à
nossa porta e nós nos joguemos apavorados no primeiro buraco, dando um autêntico
vexame interplanetário logo em nosso primeiro contato!
Claro, a ciência quer
ter certeza científica desses seres antes de afirmar qualquer coisa, o que é
justo até certo ponto, porém, por outro lado, deixar a humanidade completamente despreparada para o que seria muito mais
provável, transforma todo esse cuidado científico em imprudência bastante prejudicial
à humanidade como mostraremos a seguir.
O despreparo começa nas aparências estimadas dos seres inteligentes das estrelas, as quais as obras de ficção científicas prestam um grande serviço ao nos preparar mentalmente para a existência deles, porém, nos prejudicam muito quando cogitam apenas formas humanoides inclusive com comportamentos similares aos nossos, o que pode frustrar muito as nossas expectativas.
Os seres inteligentes do espaço devem ser das mais variadas formas e aspectos, muito além da nossa mais fértil imaginação, já que seria absurdo limitar as possibilidades das expressões de vida inteligentes no Universo ao que existe neste minúsculo grão de areia na periferia de uma das trilhões de galáxias encontradas até agora!
A salvo desse terraplanismo cósmico, podemos avançar muito, partindo da base evolutiva que já mencionamos, ou seja, que
a esmagadora maioria das civilizações deve estar bem mais avançada do que a
nossa, já que mal temos 250 mil anos de humanidade enquanto o Universo já goza de 13,5 bilhões de anos.
Um ponto importante para progredirmos: mesmo civilizações com mais de um século à nossa frente já devem ter alcançado a Paz
planetária, senão já teriam se autodestruído.
Justificativa:
a tecnologia seria um aspecto inerente a qualquer inteligência e ela evolui sem parar. Então, se os valores morais de uma civilização não
acompanharem esse desenvolvimento tecnológico, cedo ou tarde chega o momento em que o ser domina alguma poderosa tecnologia de destruição em massa e entra em autoextinção. Nós mesmos estamos
chegando nessa encruzilhada evolutiva aqui na Terra.
Ou seja, nada de Star Trek, Star Wars, romulanos, klingons, impérios galáticos, etc. Essas ficções são apenas projeções do que somos hoje para o futuro e para as estrelas, nada mais.
Quando uma espécie inteligente atinge a capacidade de destruir um planeta inteiro várias vezes como podemos agora (já podemos fazer isso 100 vezes neste momento!), mas ainda não consegue conviver com o seu semelhante, essa civilização está a um passo do seu próprio fim.
Melhor dizendo, ou se atinge a Paz ou se enfrenta a autodestruição, o que não deixa de ser o sábio equilíbrio da Mãe Natureza aplicado aos seres inteligentes do Universo.
Assim sendo, podemos concluir que o maior obstáculo para o nosso entendimento, mesmo com as civilizações selecionadas, não seria nem a tecnologia muito menos a língua, pois seres capazes de vencer as imensidões do espaço já devem estar bem-preparados para os obstáculos da comunicação, bem como possuir protocolos rígidos de não interferência tecnológica a fim de não prejudicarem civilizações nascituras como a nossa (em termos cosmológicos). Os verdadeiros obstáculos mesmo deverão ser o abismo entre os valores e crenças deles e os nossos.
Explicamos: se imaginarmos que países agora avançados na Terra,
apenas alguns séculos atrás, estavam queimando, esquartejando, chacinando e
escravizando seres humanos e, hoje, esses mesmos países evoluíram para ardentes
defensores dos direitos humanos inclusive do meio ambiente, o que não dizer da
evolução de valores morais de civilizações milhares e milhares de anos à nossa frente?
A NASA sequer
pensa nisso, mas deveriam. Basta lembrar o que aconteceu com homens com valores
mais evoluídos do que os demais da sua época, como Sócrates, Cristo, Francisco de Assis, Giordano
Bruno, Abraham Lincon, Martin Luther King, Gandhi, etc, etc. Todos ou assassinados, ou torturados, ou cruelmente perseguidos pela sociedade da época!
Se nós evoluímos tanto em valores em algumas centenas de anos, seres milhares de anos à frente, tendo, ainda por cima, vencido o Grande Filtro não se autodestruindo mesmo com imenso poder não mãos, ou seja, alcançaram a paz global, a evolução moral deles seria tal, que hábitos tão comuns para nós podem ser crimes terríveis e hediondos para eles.
Da mesma forma, os valores evoluídos deles poderão ser para nós absurdos, loucuras, “contra as
Escrituras”, etc.
Alguns exemplos
simples:
1. Economia:
o sistema deles não deve ter absolutamente nada a ver nem com o capitalismo nem com o
comunismo, os quais são reflexos dos nossos atuais valores civilizatórios destrutivos e egoístas. Só
nesse quesito, teríamos uma enorme celeuma com eles, muito mais do que temos entre nós mesmos
aqui na Terra.
2. Deus: se
considerarmos que, não muito tempo atrás, estávamos adorando montanhas,
sacrificando animais e batendo tambores para deuses da natureza, conceitos milhares de anos mais
evoluídos de Deus e da religião nos parecerão absurdos, pura heresia, motivos
mesmo para irmos “à guerra” contra eles “em nome de Deus”, etc. Se já não suportamos as nossas próprias diferenças de crença, já podemos imaginar o que aconteceria em relação a eles.
3. Respeito à vida: ofender o próximo, odiar o semelhante, conflitos, guerras, violências, etc., já devem ser crimes hediondos entre eles, pelo que vemos dos seres moralmente evoluídos que já viveram entre nós. O nosso próprio senso de humor, que se compraz com a desgraça alheia, já deve ser muito desagradável para essas espécies de moral avançada.
3. E por aí
vai: nossa posição na verdade quase animalesca na escala dos seres inteligentes, a relação com a Natureza, o
que realmente somos, propósito da vida, etc, etc.
Assim, a maior
preparação para a chegada deles deveria ser abrir ao máximo a nossa mente para
as diferenças abismais tanto de valores morais quanto de aparências físicas, lembrando que
vivemos nos engalfinhando aqui na Terra essencialmente por pensarmos diferentes
uns dos outros, bem como nos discriminarmos por quimeras como tons da pele.
Eis aqui portanto mais bons motivos para as civilizações, mesmo com apenas alguns milhares de anos à frente de nós, não quererem saber de contato conosco até agora. Se fizemos o que fizemos com seres mais evoluídos em valores do que nós mesmo pertencentes à nossa própria espécie, o que não faríamos com eles?
Ou seja, a NASA estaria gastando gigantescas fortunas atrás deles, mas eles mesmos estariam buscando por sua vez manter a maior distância possível de nós.
Talvez por isso o Cristo, o ser mais evoluído conhecido que já pisou na face da Terra, tenha feito questão de nos ensinar essencialmente e acima de tudo valores morais e nada de ciência material, pois, sem isso, nós não só não iríamos muito longe como civilização, como também não nos entenderíamos com as estrelas, nem que chegassem falando perfeitamente a nossa língua.










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