RELIGIÃO E POLÍTICA

 

Quando chamado a se posicionar de um lado ou de outro na politicamente conturbada Palestina, Jesus afirmou categoricamente: ”daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22:21).

Mas por quê? Por que escolher permanecer entre simples pescadores e pessoas pobres e humildes, todos sem nenhum poder na sofrida Israel ocupada, ao invés de entrar na política, assumir o Sinédrio e, com todo esse poder político, conduzir o Seu povo à Vitória? Não é o que muitos líderes religiosos estão tentando fazer mesmo hoje em dia?

O motivo é simples: Política e Religião são mutuamente incompatíveis. Uma acaba com a outra.

A política divide, conflita, exclui, odeia e tem inimigos por toda parte, enquanto a Religião é exatamente o contrário de tudo isso, ambas não podem coexistir.

Exemplos?

Judas e os fariseus misturaram política com religião ao ouvirem o Divino Mestre. Resultado: o Senhor foi supliciado na cruz e seus apóstolos e seguidores perseguidos, torturados e mortos das formas mais cruéis possíveis.

A Igreja do Cristo, depois do ano 300 D.C., envolveu-se com política tornando-se a religião oficial do império romano. Resultado: o Cristo foi expulso da Igreja que fundou.

De tanta crueldade, aquela igreja politizada decidiu chamar-se Igreja Católica Apostólica Romana, não teve coragem de se chamar Cristã como deveria, de tanto que se envolveu em guerras, cruzadas, inquisições, saques, roubos e outras inúmeras atrocidades contra a humanidade que deveria amparar e guiar.

Onde entra política a Religião acaba e só restam, como disse Jesus aos fariseus que detinham enorme poder político na época, “túmulos caiados” de “bela aparência por fora, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e toda espécie de imundície!” (Mateus 23:27).

Político religioso não existe, há apenas político usando o Nome de Deus para “enganar a muitos” como o próprio Cristo nos avisou que iria acontecer alertando que tomássemos muito cuidado com eles (Mateus 24:4-24).

A política corrompe a Alma da Verdadeira Religião pois, de ofício, faz justamente o contrário do “Amai os vossos Inimigos, Fazei o Bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e vos caluniam”, como o Senhor ordenou à humanidade no inigualável Sermão da Montanha (Mateus 5:43-48).

Portanto, a politica pode até servir a outras criaturas, mas ao Cristo é que ela não serve.