A partir das conclusões que apresentamos no primeiro post sobre a existência concreta da Suprema Existência – DEUS, a Bíblia Sagrada tornou-se um repositório incalculável de conhecimentos não só religiosos, mas também científicos, só que numa linguagem própria, apta para vencer eras e civilizações inteiras, bem como ser acessível a todos os níveis de seres e em todas as latitudes do planeta.
Ela é, acima de tudo, a Mensagem da Suprema Existência para a humanidade, consubstanciada em versos, prosas, mandamentos e parábolas para o Bem da Sua própria criação – nós.
Porém, apesar da sua excelência divina, a escritura sagrada não parece ter qualquer menção acerca da reencarnação – a única explicação para a Justiça Divina declarada pelo Cristo e ponto pacífico entre todas as grandes e multimilenares religiões do oriente.
Por que o Cristo, o Senhor Pleno de Glória, Amor e Sabedoria, teria deixado de lado esse conhecimento básico para a compreensão das Grandes Verdades Espirituais? A resposta é simples: Ele não abriu mão de ensinar a Lei do Carma para a humanidade, muito pelo contrário.
E podemos afirmar isso graças a uma imensa pesquisa histórica realizada por Ricardo Lindemann (1959 - ), engenheiro civil, mestre em filosofia, ex-presidente da Sociedade Teosófica Brasileira e doutorando em ciência da religião, o qual, em sua tese de mestrado na Universidade Federal de Brasília em 2014, teve o seu trabalho aprovado com louvor abordando com sucesso essa questão.
Não somente nesse trabalho, mas também em diversas palestras acerca do mesmo tema, muitas delas disponíveis no Youtube, ele explica os motivos dessa ausência os quais trataremos resumidamente aqui.
Até aproximadamente o ano 500 D.C., a reencarnação era crença comum entre os cristãos primitivos conforme aprenderam do próprio Cristo, tanto que as obras do Padre Orígenes de Alexandria (185 – 253) abordavam e explicavam o tema abertamente segundo a tese de mestrado mencionada.
Porém, o rei romano oriental Justiniano (482 – 565) tinha uma rainha chamada Teodora (527 – 548), a qual era muito má e promíscua. À época, povo cristão a condenava abertamente, afirmando que ela haveria de reencarnar entre aqueles que era oprimia, pois assim funcionava a Justiça Divina.
Em 548, a rainha, à beira da morte e temendo a Lei de Causa e Efeito, na ignorância espiritual típica dos maus, pediu ao rei igualmente perverso que removesse da Bíblia toda e qualquer referência à reencarnação, pois, até aquele momento, a Bíblia possuía textos claríssimos acerca do assunto, principalmente nos Evangelhos do Senhor.
Por muito amar a rainha, o rei aquiesceu e, em 553, promoveu o Concílio II de Constantinopla e determinou ao Papa da época – Silvério – que simplesmente removesse toda e qualquer referência à reencarnação da Bíblia.
O Papa Silvério não concordou e foi imediatamente exilado para a ilha Palmária onde “morreu poucos meses depois de subnutrição” (LINDEMANN, p. 96). O Papa seguinte, Vigílio, não enfrentou o rei para não ter o mesmo destino, mas, “alegando estar doente” (Idem, p. 96), não participou do Concílio, o qual foi realizado apenas pelos bispos de então.
Mesmo assim, o Papa Vigílio relutou muito a assinar o Concílio realizado, vindo, sob forte pressão do rei, a capitular assinando a adulteração apenas seis meses depois.
Assim, os ensinamentos explícitos sobre a reencarnação foram removidos da Bíblia, com grave prejuízo de pelo menos treze séculos em evolução espiritual para os cristãos, os quais começaram a ser recuperados com o advento do Espiritismo em 1857, mas ainda há uma grande estrada a percorrer mesmo nos dias de hoje.
Evidentemente, os olhares trevosos nublaram a percepção dos adulteradores das escrituras sagradas e, mesmo com essa remoção intencional, ainda restaram referências claras à reencarnação nos Evangelhos para quem tem “olhos de ver” (Mateus, 13:13).
O maior exemplo disso é a Transfiguração do Monte Tabor (Mateus, 17:2), onde os apóstolos Pedro Tiago e João viram Jesus se transformar, “sua face brilhou como o sol, e suas roupas se tornaram brancas como a luz” (idem) e, de um lado e do outro do Senhor, apareceram Moisés e Elias.
Após a belíssima aparição, os apóstolos conversam e entendem claramente que João Batista havia sido o profeta Elias (Idem, vv. 13).
Ora, só a aparição de Moisés e Elias, que haviam morrido respectivamente 1500 anos e 600 anos antes do Cristo, já testifica na Bíblia a existência de espíritos além da vida e a conversa de Jesus a seguir com os apóstolos deixa claro que os mortos renascem como o caso de Elias.
Notem, também, que nenhum dos apóstolos demonstrou qualquer estranheza ou encheram o Cristo de perguntas por afirmar que Elias veio como João Batista, eles trataram o assunto com naturalidade, prova de que a reencarnação não era para eles uma novidade, muito pelo contrário.
Dessa forma, constatamos que os princípios básicos da Lei de Causa e Efeito foram apresentados porém removidos das escrituras para grave prejuízo na evolução da humanidade.
Cabe destacar, também, que essa remoção do conhecimento-chave das Verdades Espirituais em 553 coincide com o início da Idade Média – a Idade das Trevas, a qual só terminou por volta de 1500 com os grandes Da Vinci, Copernico, Galilei, Newton, Gutemberg, etc, bem como com Martin Lutero, o qual questionou as interpretações absurdas da Igreja sobre a Bíblia em 1517, dando início ao Protestantismo abrindo assim espaço para a fundação do Espiritismo Cristão três séculos depois, entre outros importantes adventos espirituais dessa época.
Mas a Verdade, como disse Galileu Galilei, o pai da ciência moderna, quando pressionado a desmentir o heliocentrismo diante da Santa Inquisição, “a Verdade é escrava do tempo e não das nossas opiniões”.
Assim, o tempo devolveu a Verdade nos séculos XIX e XX, com uma poderosa onda de verdades irrefutáveis lideradas por Allan Kardec, Chico Xavier, e inúmeros outros paladinos da Verdade, a ponto de hoje, só no Brasil, 50% dos brasileiros acreditam na reencarnação segundo pesquisa realizada pela USP em 2017.
É exatamente como o Espírito de Verdade, o guia espiritual de Allan Kardec, declarou no prelúdio do livro Evangelho Segundo o Espiritismo (Allan Kardec, 1864):
“Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas devem ser restabelecidas em seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.”
Dessa forma, para nós, a reencarnação não é mais somente uma crença, mas, por sua origem divina comprovada. Também fato científico com o qual poderemos obterem preciosas conclusões para o nosso próprio bem e de toda a humanidade.
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