A miséria e a
pobreza são assuntos que sempre incomodaram o homem, é uma mancha que obscurece
as conquistas da nossa civilização.
Não importa o
que façamos, podemos atingir as profundezas do oceano, pisar na Lua, em Marte,
etc., tudo se nubla diante da triste condição de grande parte da nossa
humanidade.
Isso nos leva a
uma questão que pode, por si mesma, ser a solução para esse triste cenário: se
sabemos chegar à Lua e em Marte, não saberíamos terminar com a fome e a
miséria aqui mesmo em nosso planeta? Não teríamos inteligência suficiente
para resolvermos um problema que está diante de nossos olhos todos os dias?
A resposta é um
retumbante sim, e o motivo para não termos resolvido isso até agora é simples,
ainda que difícil de se encarar: nós mesmos somos a causa, assim,
psicologicamente, ficamos na defensiva o tempo todo, criando todas as barreiras
psicológicas possíveis e imagináveis para não termos que acabar com o desastre
humanitário e enfrentar o que, no fundo, acreditamos ser o nosso próprio fim.
Nessa proteção
mental inconsciente, chamamos os pobres de preguiçosos, culpamos governos,
rotulamos todos os que desejam resolver a questão de esquerdistas ou
comunistas, dizemos que é um problema insolúvel, etc, etc.
Até o próprio
Cristo, se retornasse repetindo tudo o que pregou nos evangelhos sobre os ricos
e pobres, no mínimo, seria negado, chamado de extremista, preso e condenado de
novo, se não fizéssemos, novamente, coisa pior com Ele, tudo bem protegido por
justificativas legais para o nosso próprio autoengano e autodefesa, como os
fariseus fizeram na Sua época: a tortura e a crucificação do Cristo foram atos
legais das justiças de Israel e de Roma.
Mas, como disse
o próprio Cristo, se conhecermos a Verdade, ela nos libertará. A dificuldade,
nesse caso, resume-se numa falsa identificação entre a sociedade competitiva
e nós mesmos, quando, na verdade nós somos a humanidade e não a sociedade
competitiva que criamos.
O homem moderno
estimula a vitória acumulativa, mas o Cristo, que veio em nome da Suprema
Existência a qual já provamos ser muito real e não apenas uma crença, explica
que o Nosso Criador, Aquele que realmente sabe o que é melhor para todos nós, nos
aponta um caminho exatamente ao contrário da competição para acumular bens
materiais.
Fazendo o
esforço recomendado pela Suprema Existência para nos libertarmos da mentira da
competição por riquezas, podemos ver a sociedade competitiva como ela realmente
é.
A Sociedade
Competitiva gera muita riqueza sem dúvidas, mas também gera muito, mas muito
mais pobreza, e não tem jeito de ser diferente disso. Explicamos.
Toda competição
sempre há vencedores, porém, ela também tem uma quantidade muito maior de
perdedores. Não importa se é um concurso, uma copa do mundo, ou uma competição
econômica, etc., se é competição, só alguns poucos podem receber prêmios, todo
o resto perde!
Por isso a
maior parte da humanidade é necessariamente pobre. Essa enorme massa são os
perdedores da competição econômica secular. E não há como não ter muito mais
pobres do que remediados e ricos no atual sistema, isso é intrínseco e indissociável
da economia de competição.
Podemos ir mais
longe para explicar, inclusive, por que não há tanta miséria nos países
vencedores, mas, o que podemos resumir neste texto, é que esses países deixam
de ser tão competitivos com seu próprio povo, para distribuir os prêmios da
vitória conquistada, como a Europa com seus serviços de estado e garantias
sociais primorosas, mas há outros métodos diferentes empregados para minorar
esse desequilíbrio intrínseco nos seus países.
Um outro exemplo
aparentemente oposto, mas que tem o mesmo objetivo social, são os EUA, que não
dão muitos benefícios sociais de estado, mas compensa isso com ótimos salários para
toda e qualquer pessoa que trabalhe, seja qual for o emprego. Isso compensa a
competição econômica também, pois redistribui bem a renda (a vitória)
diretamente para quem se dispor a trabalhar.
As diferentes soluções
dos países abastados para minorar o terrível “efeito colateral” da competição
econômica são a maior prova de que existem sim saídas, porém, é preciso encararmos
primeiro que, particularmente no Brasil, somos a principal causa das
desigualdades sociais que insistimos em culpar os outros.
A solução para
a fome e a miséria?
Estamos
desperdiçando a nossa maior capacidade, a de trabalharmos juntos. Somando,
seremos muito mais do que a soma e nossas dificuldades acabam.
Nesse momento
crítico da humanidade e do planeta, a única saída é partirmos das águas
revoltas da competição para as águas serenas da cooperação.
A Guerra
Mundial apocalíptica que hoje a todos nos ameaça com fome e tragédias em escala
planetária é o último fruto nefasto dessa competição sem tréguas nem fronteiras.
As guerras, com
armas cada vez mais devastadoras, não passam da competição econômica levada às
últimas consequências e a sociedade cooperativa é o remédio definitivo para todas
elas por arrancar o mal pela raiz. Resumindo, ou nos libertamos da sociedade
competitiva ou ela acaba conosco e todo o planeta.
A sociedade cooperativa ou colaborativa é também a solução para a miséria e a pobreza, pois foca as suas conquistas na própria humanidade e não nos bens materiais.
Ela buscará
produzir da melhor forma e o suficiente para todos, terá orgulho de eliminar a
miséria humana em detrimento de colonizar Marte, como acontece com a sociedade
de hoje.
Na verdade, ela
chegaria até muito mais rápido a Marte, pois somaria os esforços e
conhecimentos dos países (sinergia), os quais não disputariam mais uns contra
os outros para ver quem conquista o planeta primeiro, todos chegaríamos juntos lá.
A Sociedade
Competitiva de hoje, em suma, está fundada em valores materialistas, por isso
está prestes a destruir o mundo. A Sociedade Cooperativa, por sua vez, é a
própria proposta do Cristo na Terra, por isso é o único Caminho, a grande
Verdade e a certeza de Vida da nossa humanidade.











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